
Meu último balde de pipoca foi assistindo The Electric State, que estreou na Netflix no último dia 14 de março. O que me levou a ver esse filme, além da presença de Chris Pratt (que eu amo), foi o fato de ser uma produção dos irmãos Anthony e Joe Russo. Pra quem não sabe, eles são responsáveis por grandes produções da Marvel, como Vingadores: Ultimato, e estão atualmente trabalhando nos próximos dois filmes dos Vingadores, previstos para 2026 e 2027: Doomsday e Secret Wars.
Não vou fugir muito da maioria dos reviews por aí, mas preciso deixar bem claro que, por aqui, o filme ficou acima da média dos reviews. Muitos estão “enlatando” o longa como “frustrante” , “fiasco’ e, em alguns pontos, realmente tenho que dar razão. No entanto, esse não é um espaço para críticas técnicas. Aqui, eu falo sobre aquilo que bate no coração, porque, como espectadora, deu vontade de assistir. Dito isso, vamos ao papo!
A História

Baseado no livro homônimo ilustrado, lançado em 2018, The Electric State se passa em um universo paralelo em 1990, quando robôs liderados pelo Mr. Peanuts (dublado por Woody Harrelson) se rebelam contra os humanos, resultando em uma grande guerra. Os humanos conseguem carregar suas mentes para robôs drones com a ajuda de Ethan Skate (Stanley Tucci), CEO da Sentre. Isso é possível graças a uma tecnologia chamada Neurocaster, que permite que as pessoas vivam duas vidas ao mesmo tempo. O resultado? Muita gente se tornou sedentária enquanto os drones faziam tudo por elas. Os robôs foram vencidos e exilados em uma zona de exclusão.
No meio desse cenário, conhecemos Michelle (Millie Bobby Brown), uma adolescente que perdeu sua família em um acidente de carro durante o início da guerra. Anos depois, em 1994, após passar por diversas casas e ficar sob custódia do Estado, ela encontra um pai adotivo. Michelle é resistente à Neurocaster, o que a faz enfrentar muitas dificuldades no mundo pós-guerra, onde a maioria das pessoas já aderiu à tecnologia.


Tudo muda quando um robô chamado Cosmo (Alan Tudyk) aparece para Michelle. Ele é personagem de um desenho famoso da TV, adorado por seu irmão Christopher (Woody Norman). Cosmo revela que está sendo controlado pela mente de Christopher, que está preso na Sentre. Graças ao Dr. Amherst (Ke Huy Quan), o médico que cuidou da família após o acidente, Christopher conseguiu essa conexão. Agora, Michelle precisa encontrá-lo.
Em sua jornada, ela conhece Keats (Chris Pratt) e seu robô amigo Herman (Anthony Mackie – voz), e juntos embarcam nessa história cheia de aventuras e mensagens profundas, que ressoam muito além dos anos 90.
Pontos Fortes
Os robôs são extremamente cativantes e constroem um elo interessante com o público. As referências aos anos 90 são um show à parte, com uma caracterização muito bem executada. E a trilha sonora? Simplesmente impecável! Tão boa que vai merecer um post especial — até porque eu jamais imaginei que veria uma música do Marky Mark and the Funky Bunch sendo resgatada. Mais anos 90 que isso é impossível!


A mensagem do filme é muito atual. Ele fala sobre a importância da família, do contato físico, da vida real, sem histórias vividas por trás de telas. Mostra os impactos da virtualidade excessiva e levanta questionamentos sobre os rumos da inteligência artificial no nosso dia a dia, como ela comanda nossas ações e de até onde estamos dependentes dela.
E para os fãs da Marvel, um Easter Egg curioso: em uma cena, um robô figurante aparece lendo a revista em quadrinhos Avengers West Coast #56, que tem o título “A Bruxa Voltou”. Isso pode levar os Marvetes a teorizarem sobre a Feiticeira Escarlate. Mas isso é assunto para outro post!

Pontos Fracos
O roteiro é o grande ponto fraco do filme, infelizmente. Ele não traz nada de novo e apresenta soluções fáceis, as quais já vimos em incontáveis outros filmes. O problema nem seria tão grave se não fosse por três fatores:
- The Electric State é a produção mais cara da história da Netflix, com um orçamento de US$ 320 milhões. Para um filme desse porte, espera-se um roteiro mais robusto e original.
- A parte que retrata os robôs carrega um pouco esse filme nas costas. O elenco humanos é maravilhoso, mas, ficou apagado, talvez por conta do roteiro morno.
- O filme é dirigido pelos irmãos Russo. E no que isso pode ser ruim? Pra esse filme, além das críticas que têm recebido? Nada! Já para a Marvel, essa frustração causa um temor para o futuro. Eles estão responsáveis pelos próximos dois filmes dos Vingadores e grandes responsáveis por trazer Robert Downey Jr. de volta ao MCU. Com isso, a expectativa dos fãs em torno desses filmes é gigantesca. Se US$ 320 milhões não foram suficientes para um roteiro sólido nesse filme, o que esperar dos futuros projetos da Marvel, que prometem dar start em uma nova saga? Teremos que aguardar pra ver!

Além disso, preciso comentar sobre Giancarlo Esposito. Um ator maravilhoso, mas que, assim como em <a href="https://pipocadebalde.com.br/review-capitao-america-4-admiravel-mundo-novo/"><em>Capitão América 4</em> <em>- Admirável Mundo Novo</em></a>, foi mal aproveitado, novamente.
Vale o Balde de Pipoca?
The Electric State é um filme estilo Sessão da Tarde, perfeito para reunir a família e assistir sem preocupação. Ele entrega entretenimento e diversão, os robôs roubam a cena, nos fazem querer ter todos eles na estante!! Mas não espere inovação e nem grandes surpresas. Se você for assistir nessa vibe, pode pegar o baldão de pipoca e curtir sem medo!
E você, já assistiu? Conta aqui nos comentários!